19 setembro 2006

no title at all













«Como um cavalo selvagem andei sem rédeas pela vida
Como carne, como sangue, estanquei cada ferida.
Como um pássaro de asas quebradas andei sem pouso certo.
Como um anjo de asas cortadas andei perdido no deserto.

Como fogo, com água acabei por ser combatido.
Como cheiro, pelo ar voo sempre perdido.
Como esta música que toca abafei silêncios.


Como pedra certeira parti os medos mais densos.
Como areia nos olhos incomodei os mais fracos.
Como tiro certeiro transformei fortes em cacos.

Como lápis, em papel reescrevi muitos destinos.
Como linhas de comboio cruzei novos caminhos.

Como tudo, como nada
Chego sem avisar
Sou o amor, sou a dor
O que me quiseres chamar .»

ao som de Patrice - Sunshine

1 comentário:

Taliesin disse...

Acreditas que reli este poema várias vezes....
Um poema lindo! Mas mesmo LINDO! Em que olhas para ele e é mesmo lindo!
Lindo ou é belo?
;)***