"Foi em Setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio
Nas mãos o calor de Agosto
E um sorriso
Um sorriso tão grande que não cabia no tempo
Ouve, vamos ver o mar
Foste a trinta de Fevereiro de um ano por inventar
Falámos, falámos coisas tão loucas que acabámos em silêncio
Por unir as nossas bocas
E eu aprendi a amar
Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu
E recordar é viver, só tu e eu
Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos o mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu, eu queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não, não me digas adeus
Quem sabe, talvez um dia... como eu tremia, meu Deus
Amei como nunca amei
Fui louco? não sei, talvez
Mas por pouco, por muito pouco eu voltaria a ser louco
Amar-te-ia outra vez"
são estes os versos de uma certa canção a respeito de um daqueles amores impossíveis, que guarda no seu imaginário uma rapariguita que o autor de tais sentidas palavras terá conhecido numas férias em Setembro, num local qualquer por determinar.
e como naquela altura não havia a facilidade de manter contacto por telemoveis e nem se podia fazer bom uso das mensagens escritas, já se compreende o destino dramático-melódico até ao desespero, visto que os dois amantes não iriam voltar a ter noticias um do outro.
e assim reza a história de um arrebatamento amoroso, cantada na voz maviosa desse ícone da música ligeira portuguesa, de seu nome Vítor Espadinha.
(desenganem-se, eu não ando com esta música no mp3, mas dá pra trautear um versito ou dois..) :)
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