com um visual andrógino que manipula a sua imagem de modo indefinível, Antony canta com voz em vibrato melancólico que lembra num primeiro momento a diva do jazz Nina Simone, mas que aos poucos se mistura ao timbre de Marc Almond , do grupo Soft Cell.
junta-se a isto tudo uma performance de palco no mínimo bizarra e arrebatadora.
o clima de morte, desespero, abandono, sexualidade, transformação e transexualismo foi determinante na definição de seu estilo. em 2000 criou o actual Antony and the Johnsons, gravando um disco com este nome. foi este disco que Lou Reed ouviu e o fez chamar Antony para cantar com ele no "The Raven", último disco do ex-Velvet Underground.
“o trabalho dele é dolorido, mas cheio de esperança. há algo de quase espiritual nele, um traço semelhante à fé. é uma música sofisticada, com músicos bem treinados, mas ainda assim cheia de soul. e a sua voz tem alguma coisa que atinge o sistema nervoso. não pára de doer, mas de maneira controlada.”
com uma sonoridade quase camerística, com atmosferas dark, Antony oferece-nos canções de dor e melancolia arrebatadoras.
e é impossível ignorar alguém assim.Antony and The Jonhsons - Hope There's Someone
(este video perturba-me tanto quanto a música me fascina)