espaço para devaneios, disparates, desvarios, desejos, insanidades momentaneas, estados de espirito, rascunhos, meras palavras que formam o esboço de qualquer coisa a que um dia decidi chamar blog.
29 março 2011
pensamentos avulso
28 março 2011
só. de passagem
Alpha - Burn me again
27 março 2011
sangue na guerla
assim, quando a alma sonha em fugir do corpo e renuncia a servir-se normalmente dos seus orgãos, podeis dizer com razão que ele enlouquece. (Erasmo)
observai senhores a esplendorosa contradição, a mescla de sons e palavras! a escolha do título e a sua grosseira aplicação foi mesmo pra vos baralhar!.. pra vos pôr à deriva e a mim a nadar pra fora de pé.
26 março 2011
24 março 2011
dia seguinte
- jantar?.. qual jantar?
o estado da nação
hoje dia 23 de março do dois mil e onze, houve mais uma rebaldaria na AR. até aqui nada de novo.
neste episódio que hoje aqui relato sócrates abandona o hemiciclo poucos minutos depois do debate que poderia levar à "queda do governo", ao que parece pra atender uma chamada de sôdona merkel. ou então pra ir chorar pra casa de banho.
ou então foi porque ficou enciumado ao ver teixeira dos santos a 'elogiar' a gravata de bernardino soares.
das duas, três!
daqui a bocado vai falar á "nação".. que somos nós. a NÓS, que até agora ninguém pediu opinião, mas aproveito este curtíssimo espaço de antena pra dizer que estou farta, fartinha de governos-de-alterne entre PS e PSD.
sim, venham de lá as eleições, o povo que se faça ouvir.. mas desengane-se quem pensa que este passos coelho seja o 'messias' que o zé povinho anda à procura. rai's o partam!!!
eu não estou aqui a defender o sócrates, longe disso!
não, mesmo que agora o josézinho na hora do adeus faça um discurso do tipo "então agora que eu queria salvar o país é que me querem ver a andar", não tenho tempo pra lamurias, venham elas de onde vierem, não tenho cá pena pra ninguém!
não há forma do sr. sócrates fugir da responsabilidade das coisas que mesmo já tendo tudo pra correr mal, chegaram a estas proporções.
estava tudo muito entretido só no jogo do achincalho àquele que nunca foi engenheiro e nem primeiro ministro soube ser. é muita bom estar de fora a mandar uns palpites e a alvitrar, pra isso é que a oposição é boa.
mas isso meus amigos, faço eu quando estou no sofá a comer pipocas e a fazer zapping!!!
comentário à foto apresentada:
23 março 2011
pensamentos avulso
porque é que (já) não gosto de ver o quem quer ser milionário?
não me apetece estar ali a admirar o speed-dating do malato. sinto-me suja.
depois tenho de ir logo tomar um banho pra me limpar daquelas trocas de olhares lânguidos e lambidelas de lábios entre ele o magala que se senta na cadeira da tortura.
Triumph.
desta vez estas belas gaiatas lançam o alerta: “Chega de elásticos frouxos”!!!
acho bem que lancem esse repto.
afinal de contas há coisas que não se querem.. frouxas.
e acho que este outdoor que anda por aí espalhado em tudo o que é paragens de autocarro e quejandos vai sem dúvida acabar com a "frouxidão".
Isabel Figueiras / Andreia Rodrigues / Helena Coelho
do outro lado da linha do metro
subterrâneo, subcutâneo.. sucedâneo..
tens moedas?
bilhete de cartão verde. saliva. dedos na palma da minha mão. escadas diferentes. descida. estou deste lado. ambas as plataformas estão vazias. claro que me vês! sorrio. tu também. afastas o olhar rumo ao túnel escuro de onde virá o teu metro.
nada. são 00:06.
somos praticamente os únicos a esperar o metro. estamos alinhados mas em plataformas com rumos diferentes. faço-te uma careta qualquer e tu fazes também.
andamos por ali aos passinhos de mãos nos bolsos e o metro insiste em não chegar.
na verdade.. até não quero que chegue já.
o som de aviso de chegada do metro soa pra ambos. vejo-te entrar na carruagem. aceno-te um adeus.
apetece-me ligar-te assim que entras na carruagem. o meu metro chega. anuncia um destino para o qual não tenho vontade de ir. mas tu estavas do outro lado da linha..
a carruagem está vazia. ouço o som do telemovel.. estou bem. até já..
21 março 2011
SUPERMOONS
«o mundo está prestes a presenciar a aparição da maior lua cheia das duas últimas décadas. este satélite natural vai chegar ao ponto mais próximo da Terra.
no dia 19 de março, a lua cheia vai aparecer mais exuberante do que o usual na noite celeste quando ela atinge o ponto máximo de um ciclo, conhecido como ‘Perigeu Lunar’.
é esperado um espectáculo visual quando a lua se aproximará da Terra a uma distância de 221,567 milhas da órbita – chegará mais próxima do nosso planeta desde 1992.
a lua cheia poderá aparecer no céu 14% maior e 30% mais luminosa, especialmente quando nascer no horizonte do oriente ao pôr-do-sol ou em condições atmosféricas bem favoráveis.»
http://shakyamuni.net.br/
e diz quem viu que foi assim.
eu vi.. mas do outro lado da margem. havia mais céu disponível desse lado e foi a melhor forma de ganhar dores no pescoço de tanto olhar pra cima.
espectáculo destes agora só daqui a 18 anos. a ver vamos.
19 março 2011
#34 doença.crónica
se estivessemos sentados num banco de madeira.. mas a verdade é que não estamos. -- olho para o meu copo vazio a esconder o vazio do meu olhar.
pois não, mas e se estivessemos, tal como na estória que contaste ainda á pouco.
aí é que te enganas, eu não te contei estória nenhuma.. é a minha vida, um episódio da minha vida já de á muito.. -- tento levantar-me a custo do sofá, mas o meu estado de embriaguez não me favorece na rapidez dos gestos.
hey eu.. eu não queria dizer isso nesse sentido. desculpa se o entendeste assim.
não, eu é que peço desculpa.. -- baixo os olhos e enquanto remexo na camisola -- desculpa, a sério. ás vezes sou bruta a responder a perguntas que são completamente inocentes. deixei-me levar pelo sentimento e quando te ouvi chamar "estórias", bom, achei que estavas a fazer uma análise errada e leviana de uma cena que pra mim foi mais do que uma simples.. estorinha pra te entreter os ouvidos.
ok, mas agora já sabes da verdade das minhas intenções podes responder á minha pergunta então?
olho pra ele. acho que o estou a julgar mal.
talvez esteja a responder-lhe torto porque ele me faz lembrar alguém de quem gosto.. ou de quem gostei.. e receio que isso possa estar a acontecer de novo, e ele nem sabe do turbilhão que praqui vai.
e ainda bem.. -- deixo escapar num suspiro enquanto agarro na garrafa de gin.
ainda bem!.. então quer dizer que me perdoas?? -- pergunta num sorriso enquanto se ajoelha no tapete e tira da cabeça um daqueles chapéus de papel ridiculos que nos deram no inicio da festa e que eu deixei logo num móvel à entrada.
sim.. estás perdoado! -- e faço o sinal da cruz na testa com um bocado de gin que tenho nos dedos. -- agora vai em paz e que deus o altíssimo te acompanhe!
e.. a minha resposta? -- senta-se novamente ao meu lado no sofá. olha-me com um sorriso. aquele sorriso vai ser o meu fim..
ok.. eu repondo-te. mas primeiro preciso de beber este copo pra me inspirar..
findo o copo. respiro fundo como quem toma balanço.
pois bem, então cá vai.. se estivessemos os dois sentados num banco de madeira, imagino que seria naquele espaço de tempo que vai desde o fim da noite e o inevitavel amanhecer. não vês muita gente nas ruas, só as pessoas que se levantam cedo porque vão trabalhar.. e pequenos grupos de malta que vai tropeçando pelas ruas até aterrar a bebedeira na cama mais próxima.
nós continuariamos no tal banco de madeira e teríamos todo um tempo pra matar com conversas e silêncios. e estaria frio.
a dada altura sei que pousaria a cabeça no teu colo.. e depois tu no meu. não me perguntes agora qual a ordem.. e quando isso acontecesse tu dirias coisas genialmente pavas como "ao ver a tua cara aí deitada no meu colo estou a imaginar que tens uns olhos no queixo.. e é giro e estranho estar a ver-te falar ao imaginar isso."
e eu sei que me ia rir.. e isso iria abrir automaticamente uma porta pra que tu entrasses em sitios que não me cabe evitar que entres e aí seria inevitavel apaixonar-me por ti.
vês agora o porquê de não nos podermos sentar juntos num banco de madeira? -- olho pra ele no final da frase. tem um semblante entre o atento e o sério, mas não lhe consigo descodificar as emoções.
levanto-me do sofá e percorro o corredor com o meu copo vazio e um aperto no coração que bate estupidamente rápido.
e enquanto o soalho vai rangendo debaixo dos meus pés esforço-me por manter o equilibrio e principalmente não me questionar o porquê desse bater descompassado.
18 março 2011
um youtube pra amanhã
Bob Hoskins / Ryan Gosling - Stay (2005)
já há uns tempos que tinha aqui pra casa um dvd daqueles que vão saindo com um qualquer jornal domingueiro. ainda estava embrulhadinho no plástico transparente que ontem à noite rasguei à pressa porque me apeteceu ver um dvd pra me entreter.
o filme é o "stay" (2005), o argumento é interessante e o próprio filme é-nos apresentado de uma forma quase como se fosse um sonho com vários cortes, e mesmo durante o visionamento damos por nós a não saber ao certo que parte afinal é um sonho e que parte será o real.
mas esta cena deixou-me á beira das lágrimas. fiquei completamente desarmada por estes míseros minutos que durou esta cena.
mais do que a temática do filme, que não dá pra ver por este youtube, esta intimidade entre estes dois actores é.. mágica.
amanhã é dia do pai, e apesar de ele nem sonhar que eu tenho este estaminé virtual, deixo este youtube de tão fraca qualidade mas que foi o único que encontrei nas minhas incessantes buscas nos youtubes da vida. queria apanhar só esta cena. e mesmo que torta aqui está ela, pai.
contra fatos não há gravatas
.. e contra factos não há argumentos.
gosto. descobri que gosto e não é de hoje. mas foi gradual.. aprendi a gostar conforme (me) fui descobrindo.
mas sou mulher e ás mulheres não se exige com pressão que se dê o passo em frente.. muito pelo contrário, há todo um nevoeiro de vozes que nos dizem precisamente o contrário, e que nos metem caraminholas na cabeça de que tudo é mau e sujo e um bicho feio.. e que temos é de estar quietas e puras. puras é que temos de ser!
lembro-me dum episódio de à uns bons anos atrás.. devia eu ter os meus 15/16 anos, estava na igreja com mais pessoal da minha idade e estávamos a fazer uma coisa estranhíssima que era esperar em duas filas indianas pra nos irmos confessar. acho que tinha qualquer coisa a ver ou com profissão de fé ou com crisma. eu e um amigo meu íamos adiando a coisa, tentando convencer os de trás a trocarem connosco e irem primeiro e, bom.. basicamente estávamos a adiar o inevitável!
lá tive de ir pro confessionário -- lugar onde desde então não mais pus os pés! -- o padre cheirava a vinho e tinha um olhar de porco que me fez nauseas. antes de tudo mais pergunta-me se sou virgem e se me mantive pura aos olhos do Senhor. e quem sabe dos senhores.
já nem sei o que respondi.. completamente apanhada de surpresa com o teor da pergunta devo ter balbuciado um sim em voz sumida e disse os clichés do costume e bazei dali logo que pude. cá fora perguntei ao meu amigo se o padre o questionara quanto à sua pureza. ele riu-se e disse que não. ora pois lá está.. somos mesmo todos iguais aos olhos do Senhor. somos, somos.
ninguém nasce ensinado, vai-se despertando o que temos cá dentro por instinto, ao mesmo tempo que começa a crescer a vontade de ir desapertando a roupa e descobrir o que esconde por baixo. e não existe espaço onde uma pessoa se sinta mais desprotegida, sem lugar pra se esconder.. e onde seja tudo tão mais verdade que no sexo.
se existe lugar assim chama-se nudez. a nudez partilhada.
sim. eu gosto. não acho que haja nada de porco, feio ou mau. se fizermos o que sentirmos e unirmos o coração ao corpo.. somos sempre felizes.
infeliz de quem pensa o contrário.
17 março 2011
tell me a story.. please.
The Fall (2006)
de vez em quando há filmes que conseguem encher na medida certa o que eu procuro ver num filme.. ainda sem saber muito bem o que chamar. acabo por me cativar por um filme que me prendeu os sentidos todos.
aquelas imagens a entrarem-me directamente pelos olhos e a estória pela imaginação.. que viagem.
e este entrou directamente pra 'lista' dos meus filmes preferidos.
aqui fica uma sequência, um sonho.. uma fantasia.. um "juntar as peças".
googly, googly.. go away! googly googly, go away!
16 março 2011
quem sabe nadar também se afoga
- vem-te afogar no mar da minha solidão. -- disse-lhe ela enquanto não sabia o que fazer aos braços. nem às mãos.
ele deixou-a ir sozinha porque tinha mais que fazer do que ficar a vê-la nadar na àgua fria. ainda pra mais ele, que nem sabia nadar.
o resto do pessoal achou graça.. apesar de não haver muito pra rir.
ela morreu roxa.. e a aguardar por um beijo que não soube dar. e que não recebeu.
15 março 2011
"twenty seconds and counting.. T minus fifteen seconds, guidance is okay?"
14 março 2011
dislike button
hoje vou comer uma francesinha. -- li eu no status de um ex-colega de faculdade.
achei piada e perante tal texto saiu-me qualquer coisa como: "use a condom!"
mais tarde chega a indignada resposta -- isto é, uns minutecos depois, que isto quando se fala de FB a velocidade de resposta é segura, a menos que uma pessoa tenha criado ali uma tendinite de tanto martelar. (entenda-se no teclado!)
mas também, quem é que me manda armar em engraçada com pessoas que de sentido de humor percebem tanto como eu de economia?
e pronto, logo ali em pleno mural (ou wall, para os gostos mais refinados!) foi lançada a polémica e entabulada uma das conversas mais patéticas que tive o prazer de presenciar (e fazer parte) por um pintelho!
ora porque é que foste escrever isso?, quando ainda pra mais tenho os meus pais no facebook.. e tu agora é que a fizeste bonita, que já me estragaste a foda.. que a minha amiga do porto também leu e agora?!!!.. e mais não sei quê.
pois muito bem, ora vamos lá a ver uma coisa, oh meu amigo: isso de tu não andares a mandar umas valentes quecas não é responsabilidade do meu departamento. está em igual escala de pensamento que chegar agora aqui alguém e dizer-me que tenho responsabilidade pelo tsunami ocorrido no japão.
e também isso de ter os pápás no facebook também tem muito que se lhes diga.
eu é por não os ter por lá que escrevo as asneiradas que me apetece e mesmo quando me taggam em pseudo-fotos-comprometedoras, sinceramente é-me igual.
então já não me bastava tropeçarmos todos aqui em casa ainda ia ter de conviver com eles virtualmente? e ajudá-los na horta do farmville, não me querem ver mais nada. ah vá lá.. manda lá daí mais uns pregos e quê, já que estás aí sem fazer nenhum! filha, ajuda-me agora a ver se a plantação de tomates já cresceu.
fodasse.. um virtual pesadelo, era o que seria!!!
mas voltando à temática da francesinha.. isto só me fez pensar que não sou eu que estou errada; existem no mundo é demasiadas pessoas que são demasiado sérias.
mas já 'tá aprendida a lição: não volto a desperdiçar as minhas tiradas-genialmente-parvas com pessoas que, sendo boas pessoas, se levam imensamente a sério.
não, sofya não gosta disto.
parece-me lógico
uiiiii, menos mal então. fui curada pelo poder do google.
começo a chegar à conclusão que se eu fosse um gajo, pra além de ter um vergalho digno de fazer inveja a um qualquer nigeriano, andaria sempre em constante priapísmo.
mas deus-nosso-senhor-o-altíssimo lá decidiu em colocar-me neste mundo com uma vagina no meio das pernas, um mundo inteiro entre as orelhas e andar a cobiçar/desejar o vergalho alheio.
ele há coisinhas que realmente..
pensamentos avulso
eu não sei. ainda não percebi qual foi o intuito deste apontamento cerebral. no entanto devo dizer que pra mim foi bom.
espero que pra ti também, que eu empenho-me muito no que faço. sou uma rapariga que presta atenção ao detalhe, não fico ali só de corpo presente, pra isso ia cozer meias!!
e por isso meu querido, tenho quase a certeza que pra ti foi bom.
o meu amor de infância. já são 30 anos. há casamentos que não duram tanto. nem metade!
13 março 2011
a procrastinação saudável
- olhaaaa.. até parece bom, sabes o que é que podíamos fazer?
- hummm??
- podíamos levantar o cú da cama, tomar um banho, comer qualquer coisa e ir dar uma volta a um jardim.. tomavas um café que eu não curto muito.. o que é que achas?
- eu acho que.. podias era fechar o raio da cortina, voltares aqui pra cama e.. eu já te dou pelo menos umas cinco boas razões pra ficarmos por aqui até pelo menos às quatro da tarde, se é que me entendes.. *puxa o lençol e destapa-se*
(silêncio cúmplice // troca de olhares quando ele a vê nua)
- ok. desta vez ganhas claramente na argumentação.
(ele deita-se na cama e beija-a.. ouvem-se risos, tapam-se com os lençóis.. insinuação de sexo, por aí fora)
- ok! 'tá fixe. bora lá então.
- o que é que achas desta parte do diálogo? mostra assim uma certa cumplicidade e tal. e depois temos de dirigir os actores nesse sentido de fazer passar cá pra fora essa intimidade.. achas que vai ser fácil?
- pá, não sei.. temos de tratar da iluminação, que amanhã às 6h da manhã já temos de estar aqui a filmar.