27 novembro 2007

desabafos

Todos os dias temos duas escolhas acordar com a sensação que nada muda, que tudo fica igual; com o desânimo da desistência.. baixar os braços e irmos para a rotina da sobrevivência infeliz que nos mantém vivos.
Ou acordar com a convicção que hoje vai ser um dia melhor, que vamos fazer por isso, que vamos colocar um sorriso nos lábios arregaçar as mangas e tentar resolver os problemas que cá estavam ontem.
Se, no final do dia, os problemas ainda cá estiverem, pelo menos deitamo-nos com o sorriso de ter feito alguma coisa, de ter lutado e, de sabermos que, amanhã, vamos ter a coragem para continuar essa luta.

Assim, os problemas deixados para trás vão diminuindo, os problemas para resolver por dia vão desaparecendo e, um dia, quem sabe, o sorriso será genuíno e pensaremos apenas: está tudo bem hoje, vou lutar para que assim continue.
É uma teoria muito boa. A sério. O desânimo leva-nos a que nem sempre funcione, mas o desânimo não devia existir porque nos faz desistir.
Tenho fases de desânimo, apesar de saber que estou errada e às vezes a vida torna-se irónica e faz-me sentir parva. Parva por me estar a preocupar com coisas “pequenas” quando há outras maiores a acontecer ao nosso lado.


É a tal coisa da "teoria da relatividade" que nos afecta dia-a-dia. Sem termos de comparação, sem nos metermos na pele alheia, os nossos problemas parecem sempre enormes e quando comparados tornam-se, muitas vezes ridiculamente pequenos.

Os nossos problemas tornam-se pequenos e as nossas preocupações transformam-se noutras projectadas nas preocupações de quem amamos e queremos proteger e ver sempre feliz.

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