Respondo-te: Estou na minha sala do computador, a escrever para ti.
Cheio de coisas para fazer mas nenhuma mais importante do que esta.
Penso: Que estará ela a fazer?
E pela primeira vez, sei exactamente o que estás a fazer. Sem qualquer dúvida, a ler esta carta.
Já cá estamos, saltamos este parágrafo de mãos dadas - quero que o saibas - e no salto que demos por pouco não embatemos num pronome indefinido.
Agora os teus olhos. Eu gosto muito dos olhos, ouviste?
Para que me entendas melhor, não é necessário ser grande oftalmologista para perceber que os teus olhos são de uma raridade só comparável à dificuldade que existe em encontrar o misterioso tesouro da cidade dos Incas. Eu gosto dos teus olhos, ouviste? (...)
... quando chego aí, o que mais gosto são os teus beijos, muito chegados aos meus lábios, os teus abraços, muito chegados ao meu corpo, o teu cabelo ( que pena não se entrelaçar com o meu), os teus lábios ( para mim os mais bonitos), a tua voz de comando e todas as frases que começas com “Olha lá!” Como se isso fosse preciso, “olha lá” com se tivesse cabimento algum pedires-me para te olhar quando não sei fazer outra coisa , Olha lá! – pára lá com isso – Olha lá- não achas que já chega?
E então, esta carta serve para isto, para te dizer que neste dia, aparentemente igual aos outros, o que me faz verdadeiramente falta, é ver-te a ti, é sentir-te a dizer “olha lá!”. "
(excerto de um belo texto daqui: http://esperobemquenao.blogspot.com)
* impossivel não ter pensado em ti ao ler algumas das passagens.. aqui ficam ;)
The Knifes - Heartbeats.mp3
4 comentários:
onde andaste hoje?
o alvim rula. ^^
Esse texto...esse texto...
[respira fundo]
Esse texto...está completamente lá!
anônimo: eu sei quem és..
liga-me jagunço!!! ;)
arya: este Alvim tem rasgos de génio na sua escrita. aprecio esse lado do moço. :)
ads: também me fez suspirar bastante este texto.. em particular os excertos que acabei por transcrever aqui.
um dia sai-me assim uma genialidade destas também.. quiçá! ;)
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