espaço para devaneios, disparates, desvarios, desejos, insanidades momentaneas, estados de espirito, rascunhos, meras palavras que formam o esboço de qualquer coisa a que um dia decidi chamar blog.
«Sair não é um verbo transitivo mas sair à noite é uma transitoriedade. Saímos para nos desprendermos de algo, ou de alguém, numa intoxicação que nos vê passageiros e aprisionados.
Sair é procurar o certo em todos os lugares errados. Numa sucessão de pessoas desencontradas e bandas sonoras desconcertadas; tropeçando pelo barulho, fumo e escuridão - em busca de alguém, ou de algo.
E a noite é o terminus onde todos saímos pelos mesmos caminhos na direcção de destinos diferentes. Ou para a ausência de um destino.»
Ontem às onze fumaste um cigarro encontrei-te sentado ficámos para perder todos os teus eléctricos os meus estavam perdidos por natureza própria
Andámos dez quilómetros a pé ninguém nos viu passar excepto claro os porteiros é da natureza das coisas ser-se visto pelos porteiros Olha como só tu sabes olhar a rua os costumes O Público o vinco das tuas calças está cheio de frio e há quatro mil pessoas interessadas nisso Não faz mal abracem-me os teus olhos de extremo a extremo azuis vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós mas não te importes não te importes muito nós só temos a ver com o presente perfeito
corsários de olhos de gato intransponível maravilhados maravilhosos únicos nem pretérito nem futuro tem o estranho verbo nosso
"Dá-me mil beijos, a seguir cem, depois outros mil, a seguir mais cem, a seguir mil, depois cem; por fim, quando tivermos somado muitos milhares, baralhemos a conta para não a sabermos e para que nenhum invejoso nos possa lançar mau olhado quando souber que nos demos tantos beijos."
Carta de amor de Catulo a Lésbia
*Nothing can come close To this familiar feeling We say it all without Ever speaking*
"Nunca se sabe o que é para sempre, sobretudo nas coisas do amor. E era uma coisa do amor, isto tudo. São tão estranhas as coisas do amor que não se compreendem por inteiro. Tem de se estar sempre a fazer suposições. Nunca se sabe como e até que ponto a até quando. Esta obsessão chega para impedir a vida, o amor pode impedir o amor, amaldiçoá-lo como um espectro.
Escrever pode ser uma óptima desculpa para quem na vida não tem qualquer esperança. É uma maneira de preencher uma sombra e há momentos em que um beijo escrito vale por muitos."
hoje apetece-me divagar e deixar-me ir, escrever sem fio de raciocinio.. anoiteceu depressa hoje, a chuva chegou quase no seu final. por muito que não goste dos dias de chuva têm sido constantes.. ainda vou acabar a sentir saudades.. mas estes dias cinzentos não trazem grande animo à alma.. e os anoiteceres rápidos dos dias também não ajudam.. a noite oferece nos mais horas e com ela traz uma lua cheia que nos esvazia.. ao mesmo tempo que nos enche de pensamentos.. assim como oferece todo o tempo pra pensar o que fizémos nós com essas horas que o dia trouxe. ultimamente não tenho sentido grande vontade de escrever.. ou melhor.. sinto, mas depois faço uma auto censura a quase tudo o que escreveria, acabando por desistir. este texto por exemplo, se fôr a pensar muito nele acabarei por carregar delete e não o postar.. mas por muito pouco sentido que estas minhas disléxicas palavras possam ter, prefiro carregar publicar postagem.. é um desabafo.. e de momento sabe-me bem. pelo menos as minhas palavras sei onde as colocar.. organizar ou deixar ao desalinho. já os sentimentos e emoções são de dificil arrumação. e mais complicados de perder no esquecimento. lá fora há uma natureza a comunicar com o mundo.. relampagos, trovões.. chuvas. manifesto de um turbilhão de pensamentos em desalinho.. I prefer go to sleep. that's all for tonight..
ao som de Thom Yorke - The Eraser
06 novembro 2006
U2 - Love is Blindness & Can't help falling in love (ZOOTv live Sydney)
Love is blindness, I don't want to see Won't you wrap the night around me? Oh, my heart, love is blindness.
In a parked car, in a crowded street You see your love made complete. Thread is ripping, the knot is slipping Love is blindness.
Love is clockworks and cold steel Fingers too numb to feel. Squeeze the handle, blow out the candle Love is blindness.
Love is blindness, I don't want to see Won't you wrap the night around me? Oh, my love, Blindness.
A little death without mourning No call and no warning Baby, a dangerous idea That almost makes sense.
Love is drowning in a deep well All the secrets, and no one to tell. Take the money, honey... Blindness.
Love is blindness, I don't want to see Won't you wrap the night around me? Oh, my love, Blindness.