29 novembro 2006

como tenho saudades de...


usar o meu cachecol.
roxo, pois claro!
só falta mesmo os dias arrefecerem definitivamente um pouco mais e... tu, claro! ;)

27 novembro 2006

Sair...

«Sair não é um verbo transitivo mas sair à noite é uma transitoriedade. Saímos para nos desprendermos de algo, ou de alguém, numa intoxicação que nos vê passageiros e aprisionados.

Sair é procurar o certo em todos os lugares errados. Numa sucessão de pessoas desencontradas e bandas sonoras desconcertadas; tropeçando pelo barulho, fumo e escuridão - em busca de alguém, ou de algo.

E a noite é o terminus onde todos saímos pelos mesmos caminhos na direcção de destinos diferentes. Ou para a ausência de um destino.»

26 novembro 2006

Apaga a luz e acende a noite..

de profundis amamus

Ontem às onze
fumaste um cigarro
encontrei-te sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus estavam perdidos
por natureza própria


Andámos
dez quilómetros a pé
ninguém nos viu passar
excepto claro os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto pelos porteiros


Olha como só tu sabes olhar
a rua
os costumes
O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não faz mal
abracem-me os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo

decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes muito
nós só temos a ver
com o presente perfeito

corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso

Mário Cesariny (1923-2006)

um adeus, eterno poeta...

25 novembro 2006

why not?



Demon vs Heartbreaker - You are my high

I chose you for your wave frequency
You take me up against the freak in me
Just tell me what you
Expect of me

Sow into you
I’ll bring you into this earth
Has sorely missed the kiss of rain...

24 novembro 2006

voodoo girl




















Tim Burton - «Voodoo Girl»

* to oyster boy :)

23 novembro 2006

* familiar feeling *

"Dá-me mil beijos, a seguir cem, depois outros mil, a seguir mais cem, a seguir mil, depois cem; por fim, quando tivermos somado muitos milhares, baralhemos a conta para não a sabermos e para que nenhum invejoso nos possa lançar mau olhado quando souber que nos demos tantos beijos."

Carta de amor de Catulo a Lésbia


*Nothing can come close
To this familiar feeling
We say it all without
Ever speaking*

(Moloko)

13 novembro 2006

dancing

Time is gonna take my mind
and carry it far away
where I can fly
'cause it's all about love

and I know better how life is a waving feather

So I put my arms around you around you
and I know that I'll be living soon



My eyes are on you they're on you
and you see that I can't stop shaking


No, I won't step back

but I'll look down to hide from your eyes

07 novembro 2006

Transcrições.. transições.. transparências..

"Nunca se sabe o que é para sempre, sobretudo nas coisas do amor.
E era uma coisa do amor, isto tudo.
São tão estranhas as coisas do amor que não se compreendem por inteiro. Tem de se estar sempre a fazer suposições. Nunca se sabe como e até que ponto a até quando.
Esta obsessão chega para impedir a vida, o amor pode impedir o amor, amaldiçoá-lo como um espectro.

Escrever pode ser uma óptima desculpa para quem na vida não tem qualquer esperança.
É uma maneira de preencher uma sombra e há momentos em que um beijo escrito vale por muitos."

Pedro Paixão (Nos teus braços morreríamos)

full moon tonight

hoje apetece-me divagar e deixar-me ir, escrever sem fio de raciocinio..
anoiteceu depressa hoje, a chuva chegou quase no seu final.
por muito que não goste dos dias de chuva têm sido constantes.. ainda vou acabar a sentir saudades..
mas estes dias cinzentos não trazem grande animo à alma.. e os anoiteceres rápidos dos dias também não ajudam.. a noite oferece nos mais horas e com ela traz uma lua cheia que nos esvazia.. ao mesmo tempo que nos enche de pensamentos.. assim como oferece todo o tempo pra pensar o que fizémos nós com essas horas que o dia trouxe.
ultimamente não tenho sentido grande vontade de escrever.. ou melhor.. sinto, mas depois faço uma auto censura a quase tudo o que escreveria, acabando por desistir.
este texto por exemplo, se fôr a pensar muito nele acabarei por carregar delete e não o postar..
mas por muito pouco sentido que estas minhas disléxicas palavras possam ter, prefiro carregar publicar postagem.. é um desabafo..
e de momento sabe-me bem. pelo menos as minhas palavras sei onde as colocar.. organizar ou deixar ao desalinho.
já os sentimentos e emoções são de dificil arrumação. e mais complicados de perder no esquecimento.
lá fora há uma natureza a comunicar com o mundo.. relampagos, trovões.. chuvas. manifesto de um turbilhão de pensamentos em desalinho.. I prefer go to sleep. that's all for tonight..

ao som de Thom Yorke - The Eraser

06 novembro 2006



U2 - Love is Blindness & Can't help falling in love
(ZOOTv live Sydney)

Love is blindness, I don't want to see
Won't you wrap the night around me?
Oh, my heart, love is blindness.

In a parked car, in a crowded street
You see your love made complete.
Thread is ripping, the knot is slipping
Love is blindness.

Love is clockworks and cold steel
Fingers too numb to feel.
Squeeze the handle, blow out the candle
Love is blindness.

Love is blindness, I don't want to see
Won't you wrap the night around me?
Oh, my love,
Blindness.

A little death without mourning
No call and no warning
Baby, a dangerous idea
That almost makes sense.

Love is drowning in a deep well
All the secrets, and no one to tell.
Take the money, honey...
Blindness.

Love is blindness, I don't want to see
Won't you wrap the night around me?
Oh, my love,
Blindness.