21 novembro 2011

estórias do antigamente

como sou uma pessoa cortês,(adj. gentil, polido, delicado, afável, urbano), embora nem sempre se note, enviei uma sms ao meu ex (aliás, correcção: enviei uma msg ao J. a desejar-lhe um feliz aniversário -- isto porque essa do "meu ex" faz-me comichão nos ouvidos quando escuto. não gosto nada quando ouço "ah e tal o meu ex patati patata"; acho foleiro as pessoas dizerem o meu/ ou a minha quando na realidade já nem lhes são nada a não ser uma lembrança) -- "parabéns por mais um aniversário. espero que o passes com saúde e junto dos teus."

assim, curta e objectiva, sem beijinhos (não fazia sentido e se o escrevesse estaria a ser falsa, não nutro mais esse tipo de carinho para com o visado) e sem identificação.
a resposta surgiu pouco tempo depois: "obrigado, não esperava que te lembrasses.. e como tens andado no silêncio.. mas é bom receber a msg.."

respondi: "o silêncio só é quebrado quando existe motivo. e o motivo foi o teu aniversario. espero que tenhas um bom dia."

passado uns minutos: "às vezes não é necessario motivo para umas palavras, mas como disse, obrigado por te lembrares ainda de mim.."

as reticências no final daquela msg deixaram-me a pensar que talvez houvesse mais a dizer da minha parte.
mas não. há muito que já pus um valente ponto final nesta estória.
desta vez fui eu a pôr termo. definitivamente.
quem disse que nunca se esquece os amores do passado está muito enganado.
por muito nostálgica que seja, não tenho saudades do que passou. nem tenho feitio para ficar uma vida a carpir por pessoas que vendo bem, não o merecem.
tenho sim.. uma vontade enorme de viver o presente com a pessoa com quem estou, e me fez sentir bem mais completa.. uma identificação maior.
não guardo rancor de nada.. nem nada tenho para me arrepender neste departamento. as coisas são exactamente como têm de ser.. e guardar mágoas ou esperanças pelos "ex's" é coisa para a qual não tenho paciência.
e francamente não entendo e não tenho a mínima pachorra para aturar as estorinhas de quem ainda o faz. (e apesar das evidências continua a jurar a pés juntos que não).

2 comentários:

Suru disse...

Posso concordar contigo a mil por cento? Na mouche, este texto.
És grande!

Bolaxa disse...

O meu problema foi que ao sair da vida dele deixaste de estar na minha. Sempre lhe disse que ele foi (e é) um otário.