Mostrar mensagens com a etiqueta a vida tal como ela é. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta a vida tal como ela é. Mostrar todas as mensagens

28 março 2012



tudo às vezes é um desalento. mesmo que sorrias esse sorriso estilhaça-se com mais facilidade que uma jarra de cristal ou uma chávena de porcelana antiga que tenhas tido em casa desde sempre e te traga boas recordações, algo que querias preservar e ter contigo 'sempre' (o que quer que esse sempre signifique) mas que por descuido ou acidente deixaste cair até se espatifar no chão em bocados pequenos, pequenos.. pequeninos.

eu queria muitas coisas.. neste momento quero entender o que me levou até aqui. o porquê de ter perdido pelo caminho muitas das coisas que agora me faziam jeito ter por perto para me agarrar, para me agarrarem, para me escutarem. simplesmente para estarem comigo como eu já estive. mas isso são coisas que não se exige de ninguém. tal como não fomos forçados a fazê-las antes.
algo se quebrou em mim. espero que não irremediavelmente.
talvez seja apenas um período de mudança.. talvez se chame 'crescer'.
alguém me dizia que «um dia vais perceber que o que gostas dos outros não vai contar nada, um dia passado uns 10.. 20 anos, quando dás por ti percebes que não podias ter dado mais do que podias.. nem mais do que te dão. e não estou a falar em dinheiro..»
não posso mudar os outros. mas talvez possa começar a traçar-lhes um outro percurso na minha vida. uma outra importância.
assim a ausência já não custa tanto quando sabemos finalmente com o que contar.

26 março 2012

I go back to beck

Lonesome tears.. I can't cry them anymore
I can't think of what they're for.
Oh they ruin me every time.

But I'll try to leave behind some days
These tears just can't erase..
I don't need them anymore.




Beck - Lonesome Tears

12 janeiro 2012

"na casa de"

Exposição fotográfica "Na Casa de" retrata 15 casos de pobreza em Campanhã.


29 novembro 2011

what the water gave me

passei uma grande parte da noite a teimar.
passei grande parte do tempo a aquecer os pés quando me deitei.
passei grande parte da madrugada a ter a mente ocupada por pensamentos maus.. acima de tudo tristes.. até que adormeci.
hoje acordei e apesar de não ter ainda um sorriso a ocupar-me a mente, deixo esta foto que de alguma forma me confortou o coração.

21 novembro 2011

estórias do antigamente

como sou uma pessoa cortês,(adj. gentil, polido, delicado, afável, urbano), embora nem sempre se note, enviei uma sms ao meu ex (aliás, correcção: enviei uma msg ao J. a desejar-lhe um feliz aniversário -- isto porque essa do "meu ex" faz-me comichão nos ouvidos quando escuto. não gosto nada quando ouço "ah e tal o meu ex patati patata"; acho foleiro as pessoas dizerem o meu/ ou a minha quando na realidade já nem lhes são nada a não ser uma lembrança) -- "parabéns por mais um aniversário. espero que o passes com saúde e junto dos teus."

assim, curta e objectiva, sem beijinhos (não fazia sentido e se o escrevesse estaria a ser falsa, não nutro mais esse tipo de carinho para com o visado) e sem identificação.
a resposta surgiu pouco tempo depois: "obrigado, não esperava que te lembrasses.. e como tens andado no silêncio.. mas é bom receber a msg.."

respondi: "o silêncio só é quebrado quando existe motivo. e o motivo foi o teu aniversario. espero que tenhas um bom dia."

passado uns minutos: "às vezes não é necessario motivo para umas palavras, mas como disse, obrigado por te lembrares ainda de mim.."

as reticências no final daquela msg deixaram-me a pensar que talvez houvesse mais a dizer da minha parte.
mas não. há muito que já pus um valente ponto final nesta estória.
desta vez fui eu a pôr termo. definitivamente.
quem disse que nunca se esquece os amores do passado está muito enganado.
por muito nostálgica que seja, não tenho saudades do que passou. nem tenho feitio para ficar uma vida a carpir por pessoas que vendo bem, não o merecem.
tenho sim.. uma vontade enorme de viver o presente com a pessoa com quem estou, e me fez sentir bem mais completa.. uma identificação maior.
não guardo rancor de nada.. nem nada tenho para me arrepender neste departamento. as coisas são exactamente como têm de ser.. e guardar mágoas ou esperanças pelos "ex's" é coisa para a qual não tenho paciência.
e francamente não entendo e não tenho a mínima pachorra para aturar as estorinhas de quem ainda o faz. (e apesar das evidências continua a jurar a pés juntos que não).

15 outubro 2011

a good man

dou por mim a pensar que partiste à tão pouco tempo.. que ainda não deu tempo para sarar a falta que me fazes.
onde quer que estejas.. eu só espero que estejas bem. que onde te encontres não estejas sozinho, que tenhas encontrado aqueles que partiram primeiro que tu e que estejam agora juntos a rir e a recordar o que foi.. e o que agora é.
quero ter em ti a imagem de alguém que sempre soube mais do que lhe ensinaram, alguém que soube pôr vida em cada ano que viveu.
desde que partiste nada mais foi igual. nem o será. e que sinto a tua falta.. que em momentos ainda penso que te vou ver e por instantes penso: "amanhã? amanhã vou ver o meu avô e depois disso sim, acho que podemos combinar algo.." e que logo em seguida penso que as nossas conversas fazem parte de um tempo que infelizmente não volta.
a palavra certa para te recordar é saudade. a palavra certa para te definir é um grande homem a quem a vida nem sempre correu de feição, mas que conseguiu fazer tanto para alguém que nasceu em tempos tão dificeis e ingratos para poderes ser tudo aquilo que tinhas em ti.
amo-te com a mesma intensidade com que te guardo para sempre na minha memória e no meu coração.
um até sempre meu amigo. guarda-me uma cadeira perto de ti. quando chegar quero que dês um passeio de mão dada comigo, como quando fazias quando eu era pequena.

19 setembro 2011

o amor é:

ir parar com o namorado e dois amigos a um bar de srip no cais do sodré e haver table dance pra todos e o pessoal sair bebedo, bem disposto.. e cheios de vontade de chegar rápido a casa!

isto porque um dia não são dias. e algumas noites têm muita estória!

03 maio 2011

curta-metragem



"I think that if life separates us, and we end up in totally different places, I’ll always remember when our paths aligned at this period of time, and I’ll be thankful for that… and I hope that where ever you are, you’d be thankful too. and I think that’s the best we could wish for”

estórias de amor perfeitas: só na disney. quer se tenham picado numa roca, engasgado com uma maçã, apaixonado por um humano quando se é uma sereia.. bla bla bla.. tudo isso é muito bonito em formato VHS.
o real não é em formato animação nem baseado numa série foleira da HBO.
a perfeição tem de se nossa individualmente e depois construida e partilhada com o "outro". até afinarem a engrenagem.. e decidirem se querem ser companheiros.

26 abril 2011

o pós-liberdade

"estar contigo como amiga também não me é confortável porque há sempre espaço pra que existam possiveis flirt's e eu sei que isso vai incomodar-me porque ainda gosto de ti, mas não estamos juntos."


maria, desempregada, diz-se que tem casa na margem sul.

13 abril 2011

eternamente hoje

de tudo o que me faz pensar há uma coisa que me atropela a cabeça: a idade. não a minha, mas a deles.
posso tê-los agora, e abraçá-los com a carne que me deram, mas e depois? vejo-lhes os anos na pele e a pele dá-me saudades. saudades do que não vou ter.
é a lei da vida
, bem o sei, e é o que todos dizem assim como todas as frases feitas que pregarem nas paredes.
eu sei que o é. mas visto daqui, dos meus olhos, não envelheceram.
quero lembrar o meu avô a ficar envergonhado quando balbucia no seu jeito acanhado um "gosto muito de ti filha, agora vai lá indo pra cima antes que fique escuro", eu lhe dou um beijo na testa e me cabe a mim agora a tarefa de lhe compôr a manta pra que não passe frio; e chego ao fundo do corredor, abro a porta e olho pra trás mais uma vez e o vejo lá ao longe.. e lhe aceno do lado de cá, fechando depois a porta e suspirando fundo pra espantar as lágrimas.
tenho eternas saudades da minha avó quando dizia com gotas de amor a marcar passo nos olhos "gosto muito de ti sofya, nunca te esqueças disso". -- nunca te esqueças disso.. e eu não esqueci.
as memórias não são de carne, são de lágrimas.. e essas custam mais a abraçar.a palavra neto é patente deles. -- quando a dizem é como se uma manta nos protegesse o coração até cima. depois fica só o coração e a manta enrolada aos pés.podemos sempre puxá-la, mas nunca mais vai tapar tudo.
há qualquer coisa que rasga cá dentro, eu bem disse.
e não, nunca me esquecerei disso.
o estármos todos juntos numa mesma casa era o tempo em que se era feliz e não se tinha essa noção. nem sequer paravamos pra pensar o que era isso da felicidade, porque éramos demasiado pequenos pra o entender, mas essa sensação feliz de calor humano, de uma casa cheia e estórias do mundo dos adultos e do mundo dos livros que nos pasmavam e faziam sonhar foi um tempo que se cristalizou pra sempre.
com o passar do tempo aos poucos a casa foi ficando vazia.. as crianças que éramos deixaram de existir porque o tempo passou e de repente já somos adultos também.
e as mesmas estórias ficam guardadas pra sempre na nossa memória.
e tudo isso dá lugar á saudade, mesmo que as mesmas estórias possam ser revisitadas num abrir de album de fotografias, numa recordação breve de um episódio qualquer 'tu-lembraste-quando-um-dia..'



apetece deixar cair uma pedra na roda dentada e parar tudo.
a assobiar, para não ter de prestar contas.

12 abril 2011

epicurismos matinais



só há um caminho para a felicidade: não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade.

(Epicuro)

29 março 2011

pensamentos avulso

ontem em reunião familiar preenchi finalmente os papéis dos censos que já andavam aqui por casa. chegada à recta final de tanto quadradinho, no que tocava à pergunta do assinale-com-uma-cruz-a-sua-opção-religiosa, ou lá como é que eles punham a mesmíssima coisa mas por outros termos, a minha mãe diz "oh, põe-se católica". e avança já de caneta em riste pra marcar o dito quadradinho. e eu pensei pra com os meus botões: alto lá com o andor!, e vá de riscar completamente esse quadrado e dando uma vista de olhos pela concorrência, não vi nada que me representa-se.. por isso optei pelo último "sem religião". a resposta da minha querida mãe foi apenas: "ai se o teu pai vê isto!" eu dei uma gargalhada e depois fiquei mais séria. não me fez sentir mal, mas fez-me pensar/questionar no que escolheria. não é bem verdade, eu tenho uma religião e acredito em alguma coisa. mas essa "alguma coisa" não estava naquele quadrado.

14 março 2011

dislike button















hoje vou comer uma francesinha. -- li eu no status de um ex-colega de faculdade.
achei piada e perante tal texto saiu-me qualquer coisa como: "use a condom!"
mais tarde chega a indignada resposta -- isto é, uns minutecos depois, que isto quando se fala de FB a velocidade de resposta é segura, a menos que uma pessoa tenha criado ali uma tendinite de tanto martelar. (entenda-se no teclado!)
mas também, quem é que me manda armar em engraçada com pessoas que de sentido de humor percebem tanto como eu de economia?
e pronto, logo ali em pleno mural (ou wall, para os gostos mais refinados!) foi lançada a polémica e entabulada uma das conversas mais patéticas que tive o prazer de presenciar (e fazer parte) por um pintelho!
ora porque é que foste escrever isso?, quando ainda pra mais tenho os meus pais no facebook.. e tu agora é que a fizeste bonita, que já me estragaste a foda.. que a minha amiga do porto também leu e agora?!!!.. e mais não sei quê.
pois muito bem, ora vamos lá a ver uma coisa, oh meu amigo: isso de tu não andares a mandar umas valentes quecas não é responsabilidade do meu departamento. está em igual escala de pensamento que chegar agora aqui alguém e dizer-me que tenho responsabilidade pelo tsunami ocorrido no japão.
e também isso de ter os pápás no facebook também tem muito que se lhes diga.
eu é por não os ter por lá que escrevo as asneiradas que me apetece e mesmo quando me taggam em pseudo-fotos-comprometedoras, sinceramente é-me igual.
então já não me bastava tropeçarmos todos aqui em casa ainda ia ter de conviver com eles virtualmente? e ajudá-los na horta do farmville, não me querem ver mais nada. ah vá lá.. manda lá daí mais uns pregos e quê, já que estás aí sem fazer nenhum! filha, ajuda-me agora a ver se a plantação de tomates já cresceu.
fodasse.. um virtual pesadelo, era o que seria!!!
mas voltando à temática da francesinha.. isto só me fez pensar que não sou eu que estou errada; existem no mundo é demasiadas pessoas que são demasiado sérias.
mas já 'tá aprendida a lição: não volto a desperdiçar as minhas tiradas-genialmente-parvas com pessoas que, sendo boas pessoas, se levam imensamente a sério.
não, sofya não gosta disto.

05 março 2011




"homem atrapalhado, é pior do que uma mulher bêbeda."

faking a smile is easier than explaining you why I'm sad right now.

17 fevereiro 2011

é do caralho!



às vezes dou por mim a pensar que devo ter um problema sério ao nível do cognitivo ou o caralho.
aposto que se tivesse um (leia-se um caralho) também teria problemas com o dito cujo.
às vezes.. às vezes ele há horas do diabo. que provêm ou do que se diz e não devias ter dito, ou do que calas e pelos vistos devias ter dito. um gajo está ali naquela.. não tem grande safa!
resultado: há merda.
há merda porque ou não se diz caralho ou então diz-se caralhadas.
e depois, uma vez ditas, não há um caralho que as faça voltar atrás.
nem que feches a porta com estrondo naquela do não quero mais saber deste caralho, CARALHO!!! -- o que na verdade bem sabes que é uma mentira deslavada que se cospe entre dentes.
a verdade essa é que só ficas a escutar em loop o som que a puta da porta fez ao bater, o som dos teus passos que caminham pelo alcatrão com mais pressa do que deviam e sem rumo certo.. e fica-se a pensar.. se esta puta de vida já é tão fácil, mas praque raio me vim meter nisto? e uma vez que estou nisto, isto era suposto? fui eu? foi o outro? fomos ambos??

e uma grande parte da nossa vida é ocupada em fazer merda ou então a levar com a merda dos outros.
neste momento estou a ir á merda.

eu quando voltar conto-vos como é aquilo por lá.
é uma merda do caralho! e só vos digo isto pra não estragar a surpresa.

10 fevereiro 2011



Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

not me.

27 janeiro 2011

re-vol-ver



The day breaks, your mind aches
You find that all her words of kindness linger on
When she no longer needs you

She wakes up, she makes up
She takes her time and doesn't feel she has to hurry
She no longer needs you

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind her tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

You want her, you need her
And yet you don't believe her when she says her love is dead
You think she needs you

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

You stay home, she goes out
She says that long ago she knew someone but now he's gone
She doesn't need him

Your day breaks, your mind aches
There will be times when all the things she said will fill your head
You won't forget her

And in her eyes you see nothing
No sign of love behind her tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

24 janeiro 2011

once upon a wintertime

tudo isto é dispensável: lugares de má memória, pessoas com más intenções, situações complicadas.. tudo o que for prejudicial, será imediatamente dispensado.