espaço para devaneios, disparates, desvarios, desejos, insanidades momentaneas, estados de espirito, rascunhos, meras palavras que formam o esboço de qualquer coisa a que um dia decidi chamar blog.
29 março 2012
Where did all the feelings go?
What about that happy glow?
Was that so long ago,
When we were first in love?
I didn't feel the change,
Everything was still the same.
And when that moment came,
I didn't know.
I miss the feeling,
I miss the light,
But I got faith in something,
I'll never give up the fight.
Why's it so heavy,
This love of mine,
I lost the feeling,
I lost the time.
Let's say I got a habit,
Let's say it's hard to break,
Let's say we got to do something,
Before it's just too late.
I want to get you back,
I don't know how to do that,
I miss you loving me,
The way you used to.
I'm taking the blame myself,
For livin' my life in a shell,
And now I'm breakin' out,
But will you still be there?
Let's say that love is blind,
Let's say that time is kind,
Let's say that it's not over,
'Til it's over.
I'd like to shake your hand,
Disappointment.
Looks like you win again,
But this time might be the last.
I'm saving the best for last,
Let's leave this all in the past,
The beauty of loving you,
Is what we've both been through.
So now it's up to me,
To set your spirit free,
So you can swing again,
On our gate.
I'd like to shake your hand,
Disappointment.
Looks like you win again,
But this time might be the last.
28 março 2012
primavera de destroços
The National
Stand up straight at the foot of your love
I'll lift my shirt up
I still owe money to the money to the money I owe
I never thought about love when I thought about home
I still owe money to the money to the money I owe
The floors are falling out from everybody I know
I'm on a bloodbuzz (Yes I am)
I'm on a bloodbuzz (God I am)
I'm on a bloodbuzz.
tudo às vezes é um desalento. mesmo que sorrias esse sorriso estilhaça-se com mais facilidade que uma jarra de cristal ou uma chávena de porcelana antiga que tenhas tido em casa desde sempre e te traga boas recordações, algo que querias preservar e ter contigo 'sempre' (o que quer que esse sempre signifique) mas que por descuido ou acidente deixaste cair até se espatifar no chão em bocados pequenos, pequenos.. pequeninos.
eu queria muitas coisas.. neste momento quero entender o que me levou até aqui. o porquê de ter perdido pelo caminho muitas das coisas que agora me faziam jeito ter por perto para me agarrar, para me agarrarem, para me escutarem. simplesmente para estarem comigo como eu já estive. mas isso são coisas que não se exige de ninguém. tal como não fomos forçados a fazê-las antes.
algo se quebrou em mim. espero que não irremediavelmente.
talvez seja apenas um período de mudança.. talvez se chame 'crescer'.
alguém me dizia que «um dia vais perceber que o que gostas dos outros não vai contar nada, um dia passado uns 10.. 20 anos, quando dás por ti percebes que não podias ter dado mais do que podias.. nem mais do que te dão. e não estou a falar em dinheiro..»
não posso mudar os outros. mas talvez possa começar a traçar-lhes um outro percurso na minha vida. uma outra importância.
assim a ausência já não custa tanto quando sabemos finalmente com o que contar.
27 março 2012
em verdade vos digo
"There's too many people you used to know
They see you coming, they see you go
They know your secrets and you know theirs
This town is crazy.. nobody cares."
Beck - lost cause
26 março 2012
I go back to beck
Lonesome tears.. I can't cry them anymore
I can't think of what they're for.
Oh they ruin me every time.
But I'll try to leave behind some days
These tears just can't erase..
I don't need them anymore.
Beck - Lonesome Tears
I can't think of what they're for.
Oh they ruin me every time.
But I'll try to leave behind some days
These tears just can't erase..
Beck - Lonesome Tears
25 março 2012
22 março 2012
o que devemos sentir
as palavras estão-me custosas. por isso deixo uma citação.
O Que Devemos Sentir
Todas as pessoas devem ter experimentado a sensação desagradável que se tem nas estações de caminho de ferro.
Vamos despedir-nos de alguém. A pessoa já entrou no comboio, mas ele demora a partir. Ali ficam as duas pessoas, uma na plataforma e a outra à janela, esforçando-se por conversar, mas de repente não têm nada para dizer.
Isto, evidentemente, resulta de não podermos sentir o que queremos.
A situação impõe-nos um determinado sentimento.
E quem não experimentou aquele tremendo alívio quando o comboio finalmente parte?
Ou nos funerais.
Quando alguém morre ou adoece, quando surgem as desilusões, espera-se sempre que sintamos determinadas coisas.
Em todas as situações, excepto as mais quotidianas, as mais neutras, há uma pressão que se exerce sobre nós, que nos dita a forma como devemos conduzir-nos, aquilo que devemos sentir, E se examinarmos bem o fenómeno, verificamos, não raras vezes, que esses papéis nos são atribuídos por romances, filmes ou peças de teatro que vimos há muito tempo.
Quando somos realmente confrontados com situações invulgares (por exemplo, rivalidades que prevíamos e não se verificam, e em vez disso se transformam num amor que nos deixa sós), a primeira coisa a que nos agarramos são esses padrões sentimentais livrescos.
Não nos ajudam muito. Deixam-nos mais sós do que antes - e caímos, desamparados, na realidade.
Lars Gustafsson, in 'A Morte de um Apicultor'
O Que Devemos Sentir
Todas as pessoas devem ter experimentado a sensação desagradável que se tem nas estações de caminho de ferro.
Vamos despedir-nos de alguém. A pessoa já entrou no comboio, mas ele demora a partir. Ali ficam as duas pessoas, uma na plataforma e a outra à janela, esforçando-se por conversar, mas de repente não têm nada para dizer.
Isto, evidentemente, resulta de não podermos sentir o que queremos.
A situação impõe-nos um determinado sentimento.
E quem não experimentou aquele tremendo alívio quando o comboio finalmente parte?
Ou nos funerais.
Quando alguém morre ou adoece, quando surgem as desilusões, espera-se sempre que sintamos determinadas coisas.
Em todas as situações, excepto as mais quotidianas, as mais neutras, há uma pressão que se exerce sobre nós, que nos dita a forma como devemos conduzir-nos, aquilo que devemos sentir, E se examinarmos bem o fenómeno, verificamos, não raras vezes, que esses papéis nos são atribuídos por romances, filmes ou peças de teatro que vimos há muito tempo.
Quando somos realmente confrontados com situações invulgares (por exemplo, rivalidades que prevíamos e não se verificam, e em vez disso se transformam num amor que nos deixa sós), a primeira coisa a que nos agarramos são esses padrões sentimentais livrescos.
Não nos ajudam muito. Deixam-nos mais sós do que antes - e caímos, desamparados, na realidade.
Lars Gustafsson, in 'A Morte de um Apicultor'
14 março 2012
and it never really began
Oh Mother, I can feel
The soil falling over my head
And as I climb into an empty bed
Oh well... Enough said
I know it's over - still I cling
I don't know where else I can go
See, the sea wants to take me
The knife wants to slit me.. do you think you can help me ?
Sad veiled bride, please be happy
Handsome groom, give her room
Loud, loutish lover, treat her kindly
Although she needs you
More than she loves you
And I know it's over - still I cling
I don't know where else I can go
Over and over and over and over
Over and over...
I know it's over
And it never really began
But in my heart it was so real
And you even spoke to me, and said:
"If you're so funny then why are you on your own tonight?
And if you're so clever then why are you on your own tonight?
If you're so very entertaining then why are you on your own tonight?
If you're so very good-looking why do you sleep alone tonight?
I know...
Because tonight is just like any other night
That's why you're on your own tonight
With your triumphs and your charms
While they're in each other's arms."
It's so easy to laugh
It's so easy to hate
It takes strength to be gentle and kind
It's so easy to laugh
It's so easy to hate
It takes guts to be gentle and kind
(Over, over)
Love is Natural and Real
But not for you, my love
Not tonight, my love
Love is Natural and Real
But not for such as you and I,
My love.
13 março 2012
é tudo isto e muito mais
ser português é viver à beira mar plantado, num país de temperaturas amenas, boa gastronomia, bom vinho.. e ânimos que já foram mais amenos.
ser português é invadir ruas numa manifestação de indignados e um ano depois nada mudar e ninguém aparecer para manifestar seja o que fôr.
ser português é queixar-se de que o país não avança, que a culpa é dos políticos, do estado, dos tecnocratas que nos enfiaram numa europa sem grandes vantagens para o burgo, é dizer mal da alemanha e da merkel.
ser português é falar mal e achar absurdo as greves dos funcionários dos transportes públicos, cuspinhando um desdenhoso «epah!, vão mazé trabalhar! greves e mais greves!!! como é que agora chego ao trabalho?» e depois dos ditos queixosos chegarem ao seu posto de trabalho dispenderem tempo total a codrilharem nas redes sociais. *de facto é fantástico a capacidade multi tasking que certas pessoas possuem.*
ser português é ser do país dos 3 F's: fado, futebol e fátima.. e dar conta que está na fase do 4º F: "ah portugal.. estás tão fodido!"
ser português é estar a viver a crise e queixar-se. é escandalizar-se perante o incentivo vindo dos governantes a emigrar e dar o baza do país logo que pode.
tal como disse acima, ser português é tudo isto e muito, muito mais. mas por agora deixo só estes tópicos.
o tuga queixa-se muito. umas vezes com razão, outras sem ela.
c'est la vie.
ser português é invadir ruas numa manifestação de indignados e um ano depois nada mudar e ninguém aparecer para manifestar seja o que fôr.
ser português é queixar-se de que o país não avança, que a culpa é dos políticos, do estado, dos tecnocratas que nos enfiaram numa europa sem grandes vantagens para o burgo, é dizer mal da alemanha e da merkel.
ser português é falar mal e achar absurdo as greves dos funcionários dos transportes públicos, cuspinhando um desdenhoso «epah!, vão mazé trabalhar! greves e mais greves!!! como é que agora chego ao trabalho?» e depois dos ditos queixosos chegarem ao seu posto de trabalho dispenderem tempo total a codrilharem nas redes sociais. *de facto é fantástico a capacidade multi tasking que certas pessoas possuem.*
ser português é ser do país dos 3 F's: fado, futebol e fátima.. e dar conta que está na fase do 4º F: "ah portugal.. estás tão fodido!"
ser português é estar a viver a crise e queixar-se. é escandalizar-se perante o incentivo vindo dos governantes a emigrar e dar o baza do país logo que pode.
tal como disse acima, ser português é tudo isto e muito, muito mais. mas por agora deixo só estes tópicos.
o tuga queixa-se muito. umas vezes com razão, outras sem ela.
c'est la vie.
12 março 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)