18 janeiro 2007

O dia se estanca.
Desce o infinito. Na sombra do teu corpo incrusto meu beijo.
Teu sorriso se ergue, como um leão que matará- ainda que se arrependa.
Estilhaços dos teus toques espalham-se pelo meu corpo. Teu olhar, angústia cósmica, parasita meus sonhos.
A mão, enfim, desata minha pele que foge. Não te assustes com os silêncios: todas as estrelas caíram. Eis-me aqui, a erguer colunas de sorrisos, a correr pelo universo.
Os paraísos se destruíram.
Todas as pernas se abriram... Ainda que tua boca me desafi ee que a noite jamais termine, abraçar-me-ei em teu pescoço pronta a partir.
Sei. Teu nome é proibido. Teu mundo é caos: estás perdido em mim.
(a alma vagueia enquanto o corpo oscila)
Mesmo que nunca me ames basta que existas, basta que resistas.
Meu prazer é imortal.
Olhas como um gato prestes a miar.
No meio do acto crava-se em meu seio como punhal.
Sobrevivi.

Agostina Akemi Sasaoka

1 comentário:

Anónimo disse...

«Eis-me aqui, a erguer colunas de sorrisos, a correr pelo universo.» (...)
Esta frase foi aquela que mais me tocou deste texto que postaste.

=P