de passagem, eu estou só de passagem..

Ainda sinto o calor dos corpos extasiados pelo espanto
O ritmo dos amantes incertos que das janelas transbordam prazer e medo...
Ainda tenho emaranhadas as almas da dor e do prazer
O medo das sombras que partilham na penumbra uma só dança
Decerto a incerteza da alquimia do corpo com a carne...
Partiram já com as certezas sob a certeza de um aqui-agora em que sou diversa
Sentindo a falta da tua presença e em ausência que fustiga corpo e a carne
Nesta vastidão de que sou feita
Nesta agressividade que me toma...
Que me faz de uma forma que jamais recordei de me lembrar?
Um sabor misto de estranho a familiar...