26 abril 2006

Drifting States























Aí está mais uma vez Indie Lisboa a provar que o cinema independente está bom e recomenda-se.. ganha forças e desperta o interesse de cinéfilos dos 8 aos 80.
O ano passado fui assistir a uma pelicula japonesa por recomendação de um colega e acho que me viciei..
Aproveitei ontem um pouco do dia de sol de um dia de Liberdade (25 de Abril.. para mim não é apenas um dia!!) e «enfiei-me» num sala do cinema King a devorar um filme.. «Drifting States».


Um que me tinha suscitado interesse era o «La Sagrada Familia».. mas infelizmente no dia anterior a minha pontualidade (ou falta dela!) impediu-me de assistir, deixando então para outro dia o visionamento de uma película.
E pior ainda!.. perdi a oportunidade de ver em grande ecran o tal do filme «Me and You and Everyone we know» (ainda não foi desta, caro Taliesin! mas prometo ver este filme, parece-me que não me vou arrepender..)


Em relação a «Drifting States», de Denis Côté não me desapontei.. a história remete-nos ao percurso de um homem que depois de ter morto a sua mãe que se encontrava há muito tempo em estado de coma (homicidio ou acto de misericórdia?? deixo à consciência de cada um analisar isto.. é um tema actual, polémico e para o qual todos temos uma opinião.) deixa a cidade, a sua casa, toda a sua vida até então monótona e decide partir para uma região pacata no Canadá onde calmamente começa por se instalar e criar laços entre os poucos habitantes mas.. o sentimento de culpa e dor nunca deixam de o afligir, havendo sempre presente em si um lado da sua natureza que não poderá revelar.. o que deixa os espectadores a pensar «será ele capaz de lidar com o seu passado, sobreviver ao acto que cometeu e viver com esse peso?»
A narrativa não é conclusiva e aos olhos de quem vê muitas análises poderiam ser feitas.
Mas dá que pensar e o reduzido preço do bilhete compensou em muito muitos dos filmes ditos hollywoodescos de grandes orçamentos e para os quais tenho cada vez menos paciência!
O indie está aí até dia 30 Abril.. para quem se quiser aventurar, já sabe! :)


1 comentário:

Taliesin disse...

Olha!...no dia 21 estive no fórum Lisboa a ver a antestreia de um dos meus realizadores preferidos François Ozon com o magnífico e genial filme que aborda a morte (coincidência), homosexualidade e a solidão "LE TEMPS QUI RESTE" recomendo, mais não digo...
Realmente o filme de Miranda July está difícil de ver ;-)...mas acho que no dia 11 de Maio vai estrear nas salas de cinema e então não tens desculpa para não ver...
Sinceramente adorava ver alguns filmes do festival indie, entre eles “La
Sagrada Família” , “Movimentos Perpétuos”, “Wassup Rockers”, mas no fim-de-semana alargado foi impossível e neste momento estou algo atarefado, por isso vai ser muito complicado ver mais algum filme até ao dia 30. Paciência, mas mais tarde ou mais cedo irei “captura-los” numa “sala” perto de mim…;)*****