24 outubro 2006

Morning Yearning



















daqui a pouco vai chover.. vou-me deixar ficar.. aqui..

«Na tarde em que escrevo, o dia de chuva parou.
Uma alegria do ar é fresca de mais contra a pele. O dia vai acabando não em cinzento, mas em azul-pálido.
Um azul vago reflecte-se, mesmo, nas pedras das ruas.
Dói viver, mas é de longe. Sentir não importa. Acende-se uma ou outra montra.

No azul menos pálido e menos azul, que se espelha nos prédios, entardece um pouco mais a hora indefinida.
Cai leve, fim do dia certo... Cai leve, onda de luz que cessa, melancolia da tarde inútil, bruma sem névoa que entra no meu coração.
Cai leve, suave, indefinida palidez lúcida e azul da tarde aquática - leve, suave, triste sobre a terra simples e fria.
Cai leve, cinza invisível, monotonia magoada, tédio sem torpor.»

3 comentários:

Anónimo disse...

abre uma janela..às tantas pode entrar uma cenoura voadora, pousar no teu no ombro e dizer-te um segredo..

sofya disse...

giant carrots..! são as minhas favoritas.. lembram-me noites de chuva e cachecóis roxos.. :) *

Anónimo disse...

lá fora ngm ker saber de ngm...e a chuva muito menos...é de manhã, chove, estou sozinho, a chuva molha-me pele...mas na realidade são lágrimas!