01 julho 2010

valsa lenta

vejo-te dormir descansado e o meu desejo era poder ser capaz de conseguir espantar o corvo negro que sinto sobrevoar cada vez mais de perto esta casa..
e sinto-me impotente por saber que tal não mo é permitido.. e que jamais me será dado tamanho poder.
resta-me aproveitar os momentos que me são dados.. muitos dos quais desperdicei insensatamente, deixando um nó que me vai apertando a garganta quando penso nisso.
peço-te só que esperes.. que esperes enquanto puderes.

sr. A: sabes uma coisa?
eu: não.
sr.A: eu também não.
eu: oh avô!..

e depois tu rias-te.


e o depois?
agora penso.. como será o depois.

e eu não sei.. não sei como será o nosso depois.