espaço para devaneios, disparates, desvarios, desejos, insanidades momentaneas, estados de espirito, rascunhos, meras palavras que formam o esboço de qualquer coisa a que um dia decidi chamar blog.
26 janeiro 2006
O que te quero dizer?
«Vieste envergando uma estranha capa negra e espalhaste o sofrimento pelas ruas do meu corpo, dando assim asas ao teu nome. Saudade... sentimento típico do português que sente a falta de algo, de alguém.
Saudade... triste forma de recordar o passado e forma, não mais alegre, de olhar de soslaio para um presente esburacado. Um presente que se perdeu nas memórias requentadas pela fúria incandescente de uma tristeza calada.
Saudade… Vieste sem ninguém te chamar e permaneces sem eu querer. Ao largo formaste tempestades e dentro de mim cultivaste um vazio que me rói as alegrias e cospe para longe os momentos de paz.
Saudade que dói. Saudade que mata. Saudade de ti, que partiste. Saudade estúpida capaz de me fazer chorar e de me levar a amar-te ainda mais.
Estás longe e só tornas a mim através de um arquivo aberto e cheio de recordações. Não te quero recordar mais.
Queria era devolver-te a vida para que pudesses construir melhor os pilares das tuas marcas agora exercidas sobre mim.
Mas a saudade não me permite ressuscitar-te.
A saudade não permite mais nada a não ser lembrar-te.
Saudade… Não pede licença… Entra com toda a força e arrasa com tudo.
Saudade… Mete-se com toda a gente e desta vez meteu-se comigo.»
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