30 abril 2011

o in extremis

Sócrates internado no Júlio de Matos com alucinações! só ouve passos de coelho e portas a bater..

29 abril 2011

blow me away, darling!

nestes ultimos dias fiquei mesmo out. tão out que perdi o granizo nas ruas da minha cidade, e às horas a que william e kate davam o nó e toda a casa real desfilava as plumas e os diamantes eu estava a dormir.. longe de tudo. onde havia areia nos pés..

e estava tão bem que aqui fica o meu pensamento sobre a casa real britânica e é assim um apanhado dos ultimos dias.
your royal penis is clean, my love.


Exile on Main ST
cada vez gosto mais dos ROLLING STONES. cada vez mais.

27 abril 2011

"os vencidos da vida"


 

JP Simões & Eduardo Lobo - Canção da Paciência (Reintervenção, um tributo a José Afonso)

Muitos sóis e luas irão nascer
Mais ondas na praia rebentar
Já não tem sentido ter ou não ter
Vivo com o meu ódio a mendigar

Tenho muitos anos para sofrer
Mais do que uma vida para andar
Beba o fel amargo até morrer
Já não tenho pena sei esperar

A cobiça é fraca melhor dizer
A vida não presta para sonhar
Minha luz dos olhos que eu vi nascer
Num dia tão breve a clarear

As àguas do rio são de correr
Cada vez mais perto sem parar
Sou como o morcego vejo sem ver
Sou como o sossego sei esperar

(Zeca Afonso)

descrença

"I’m sorry if my atheism offends you. but guess what – your religious wars, jihads, crusades, inquisitions, censoring of free speech, brainwashing of children, murdering of albinos, forcing girls into underage marriages, female genital mutilation, stoning, pederasty, homophobia, and rejection of science and reason offends me. so I guess we’re even.”

(Mike Treder)

26 abril 2011

start

faz-me lembrar fins de tarde passados de nariz no ar nas ruas do chiado. faz-me lembrar do frio que esses dias ainda tinham.
acho que já faz dois anos desde que não a escutava. e hoje ao deambular dei com ela de novo e fez-me lembrar.
como é que se tem coragem pra cantar isto a alguém? e olhar-lhe nos olhos?
acho que o momento se deve sentir. e nessa altura talvez se sinta a certeza de que é o momento certo.


Joan as Police Woman


«Hoje, noite de Abril, sem lua,
A minha rua
É outra rua.


Talvez por ser mais que nenhuma escura
E bailar o vento leste
A noite de hoje veste
As coisas conhecidas de aventura.


Uma rua nova destruiu a rua do costume.
Como se sempre nela houvesse este perfume
De vento leste e Primavera,
A sombra dos muros espera


Alguém que ela conhece.
E às vezes, o silêncio estremece
Como se fosse a hora de passar alguém
Que só hoje não vem.»

Sophia de Mello Breyner Andresen

pensamentos avulso

ideias pra actualizações esporádicas de status no FB:


  • qu'écádisto?
  • isto agora é o jogo do esconde-esconde no facebook.
  • mais vale desamigar do que bloquear. se bem que se fosses espert(o) era melhor nunca teres criado "amizade" nenhuma.
  • não sei brincar ao facebook.
  • foda-se!
  • ainda aí estás?
  • quê??????
  • tens piada, tens..
  • mas isto não era aquilo que eu vi da outra vez quando.. epah tu queres ver que eu..?
  • off.
  • 'tou aqui 'tou a desactivar esta merda toda.
  • ahah ela diz que pode ser o principio de uma amizade. ahahah é bom que procure novas amizades que eu já não tenho paciência pra aturar putos. (ou putarecas)
  • jiru jiru e ainda digo mais: jiru!

o pós-liberdade

"estar contigo como amiga também não me é confortável porque há sempre espaço pra que existam possiveis flirt's e eu sei que isso vai incomodar-me porque ainda gosto de ti, mas não estamos juntos."


maria, desempregada, diz-se que tem casa na margem sul.

k7

eu posso não saber como brincar ao facebook, mas ele há gente que ainda não aprendeu.
eu cá por mim tudo bem. guardo os meus lol's só pra mim.
mas ainda bem que existe estas manifestações de puro regozijo quando leio e vejo certas pic's.. dá-me uma tendência pro lol.
quando me dá pro amuo, prefiro fazer out e ir comer uma noz, que me faz melhor.

pfffff..

25 abril 2011

revolução/evolução

não me vou alongar neste texto, mas acho que as datas são coisas bonitas de lembrar. porque é bom ter memória. e guardar a história dos acontecimentos apesar de não a termos vivido.
porque hoje é o 37º aniversário de um 25 de abril.
um até sempre camaradas. sejam felizes.



esqueçam o "folclore" imbecil à volta deste formato televisivo em que o publico quase que fode a música com as palmas forçadas e fora de tempo, e ouçam só a voz deste senhor. o audio vale muito a pena. a CANÇÃO.

21 abril 2011

bob is watching

que puta de noite. dores por todo o lado..
que noite tão puta!

19 abril 2011

vou-te (à) jugular

The Dead Weather (Alisson Mosshart / Jack White)

mesmo que estejas torta disfarça sempre..
mantém o copo bem direito e se me quiseres entornar, fà-lo na tua cama.


tormenta eléctrica

s. pedro, dá-me uma noite como a de ontem pra eu fazer tudo o que não fiz.
mas que pensei. por isso saberás do que estou a falar.
manda-lhe aí então.

18 abril 2011

pensamentos avulso







o sonho de ser uma goma -- modalidade pitês desenfreado.


este mel todo causa-me cá umas náuseas. é isso e o mau gostinho musical. quem expressa o amor desta forma é uma criatura bem triste.
se existe ironia nas minhas palavras? estarei a ser sarcástica e cáustica?
oh jovens, mas isso é o pão-nosso-de-cada-dia neste blog!

17 abril 2011

a música portuguesa a gostar dela mesma


eu gostava de cantar os blues.
eu gostava de cantar os blues.. mas minha alma não é azul.
mas minha alma não é azul.
eu gostava de saber o fado.
eu gostava de saber o fado.. mas deixei o xaile ali ao lado.
mas deixei o xaile ali ao lado.
minha lingua nao tem identidade, minha lingua não tem..
minha lingua não tem identidade.

13 abril 2011

eternamente hoje

de tudo o que me faz pensar há uma coisa que me atropela a cabeça: a idade. não a minha, mas a deles.
posso tê-los agora, e abraçá-los com a carne que me deram, mas e depois? vejo-lhes os anos na pele e a pele dá-me saudades. saudades do que não vou ter.
é a lei da vida
, bem o sei, e é o que todos dizem assim como todas as frases feitas que pregarem nas paredes.
eu sei que o é. mas visto daqui, dos meus olhos, não envelheceram.
quero lembrar o meu avô a ficar envergonhado quando balbucia no seu jeito acanhado um "gosto muito de ti filha, agora vai lá indo pra cima antes que fique escuro", eu lhe dou um beijo na testa e me cabe a mim agora a tarefa de lhe compôr a manta pra que não passe frio; e chego ao fundo do corredor, abro a porta e olho pra trás mais uma vez e o vejo lá ao longe.. e lhe aceno do lado de cá, fechando depois a porta e suspirando fundo pra espantar as lágrimas.
tenho eternas saudades da minha avó quando dizia com gotas de amor a marcar passo nos olhos "gosto muito de ti sofya, nunca te esqueças disso". -- nunca te esqueças disso.. e eu não esqueci.
as memórias não são de carne, são de lágrimas.. e essas custam mais a abraçar.a palavra neto é patente deles. -- quando a dizem é como se uma manta nos protegesse o coração até cima. depois fica só o coração e a manta enrolada aos pés.podemos sempre puxá-la, mas nunca mais vai tapar tudo.
há qualquer coisa que rasga cá dentro, eu bem disse.
e não, nunca me esquecerei disso.
o estármos todos juntos numa mesma casa era o tempo em que se era feliz e não se tinha essa noção. nem sequer paravamos pra pensar o que era isso da felicidade, porque éramos demasiado pequenos pra o entender, mas essa sensação feliz de calor humano, de uma casa cheia e estórias do mundo dos adultos e do mundo dos livros que nos pasmavam e faziam sonhar foi um tempo que se cristalizou pra sempre.
com o passar do tempo aos poucos a casa foi ficando vazia.. as crianças que éramos deixaram de existir porque o tempo passou e de repente já somos adultos também.
e as mesmas estórias ficam guardadas pra sempre na nossa memória.
e tudo isso dá lugar á saudade, mesmo que as mesmas estórias possam ser revisitadas num abrir de album de fotografias, numa recordação breve de um episódio qualquer 'tu-lembraste-quando-um-dia..'



apetece deixar cair uma pedra na roda dentada e parar tudo.
a assobiar, para não ter de prestar contas.

beijas como uma freira


quando os lábios se abrem, fecham-se os olhos.

12 abril 2011

estrangulamento



vivemos tempos dificeis, dizem eles.
e entretanto somos educados para o medo.
esse medo que nos cancela os afectos e nos põe sempre do lado de cá do muro.
estou cansada de viver no medo.
tenho saudades do tempo em que nada ameaçava a minha ilusão de ser feliz.

ter um coração


de futuro vou querer escutar-te bem menos do que tenho feito.
tenho de pensar que és apenas um hóspede no meu peito.. e vais parar de me fazer sentir assim: á tua mercê. pra ti deve ser tudo uma piada, mas deste lado o bater escuta-se mais alto. tão alto que não entendo a tua falta de ouvido.
há coisas que me ultrapassam..
escrevesse eu estas palavras à tempos e teria duas reacções garantidas: isso nem parece teu, tu não és assim; e estás mas é maluca. -- isto viria claro de quem me conhece e sabe como sou e conhece os meus sentires, chamemos-lhe assim.
há quem lhe chame desencanto.. eu chamo sobrevivência. mas sim, eu não era assim, é uma verdade.
a verdade é que tenho um coração-de-pêga: dá-se com demasiada felicidade, salta cá dentro como se estivese em cima de um trampolim e põe-me o sangue a correr a uma velocidade boa, e quente, e viva. este meu coração é uma puta, mas daquelas que quer que lhe beijem a boca enquanto a possuem. mas agora ama-se em silêncio e com gestos poupados. porquê não sei.
às vezes penso que te acomodas aí do meu lado esquerdo do peito porque foi essa a realidade que sempre conheci, é o normal a todos.. o teu bater faz-me saber que estou viva, mas ultimamente esse teu bater incomoda-me.
não lhe ouço um eco.
e enquanto vais batendo assim parvamente, o facto é que te vais gastando mais depressa do que julgo, e depois de ti não terei outro pra te substituir.. apenas continuarás aí no meu peito, mas cada vez mais fraco, iludido e cheio de pensos rápidos pra te curar das maleitas e terei de viver contigo toda uma vida. por isso preciso de te poupar. ninguém me irá oferecer outro novo.
é um facto; o meu vai parar de bater estupidamente porque é o melhor que faço. a menos que um eco regresse.
isto de se ter um coração no peito só estorva.

epicurismos matinais



só há um caminho para a felicidade: não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade.

(Epicuro)

11 abril 2011

a sentir com palavras alheias





a alma de outrem é outro universo com que não há comunicação possível, com que não há verdadeiro entendimento.
nada sabemos da alma senão da nossa; as dos outros são olhares, são gestos, são palavras.. com a suposição de qualquer semelhança no fundo.

"Brooks was here"

ontem desejei que finalmente a TV fizesse alguma parte do seu serviço público pra'lém de me ter bombardeado e fustigado os ouvidos com aquele comício -- ah perdão! congresso, congresso é que eles diziam que era! -- e que me desse um bom final de noite.. um bom filme pra ver, pra descansar a minha cabeça, esquecer.. e conseguir adormecer.
e foi então que entrei no Hollywood, dei com este filmão e ali fiquei até às 3h e pouco a (re)vê-lo, enquanto era embalada pela voz do Morgan Freeman.
em algumas cenas impedir que caíssem lágrimas era tarefa que me pareceu impossível e nem me apeteceu fazê-lo. tenho cá pra mim que quem não se emocionar com este filme é porque não é humano. e tenho dito.
como não posso pôr todos os momentos que ficaram retidos na minha memória, deixo apenas este.




"Dear Fellas: I can't believe how fast things move on the outside.
I saw an automobile once when I was a kid but now they're everywhere. The world went and got itself in a big damn hurry.
The parole board got me in a halfway house called the Brewer, and a job bagging groceries at the Food-Way. It’s hard work and I try to keep up, but my hands hurt most of the time. I don’t think the store manager likes me very much.
Sometimes after work I go to the park feed the birds. I keep thinking that Jake might just show up and say hello, but he never does. I hope wherever he is, he’s doing okay and making new friends.
I have trouble sleeping at night, I have bad dreams like I’m falling, I wake up scared, sometimes it takes me a while to remember where I am.
Maybe I should get me a gun and rob the Food-Way so they’d send me home. I could shoot the manager, while I was at it, sort of as a bonus. I guess I’m too old for this nonsense anymore.
I don't like it here. I'm tired of being afraid all the time.
I've decided not to stay. I doubt they’ll kick up a fuss, not for an old crook like me."

10 abril 2011

o desejo/vida

"a vida é curta e tediosa: passa-se inteira no desejar.
adiam-se para o futuro o repouso e as alegrias, muitas vezes até à idade em que os melhores bens, a saúde e a juventude, já desapareceram.
essa época chega e ainda nos surpreende em meio a desejos; estamos nesse ponto quando a febre nos arrebata e extingue: caso nos curássemos, seria apenas para desejarmos por mais tempo."

Jean de La Bruyére, in 'Do Homem'




Bonobo - Days to come

mário viegas a um domingo


Mário Viegas



um bom domingo.

pantufar

hoje é domingo.
verdade, verdadinha. 03h32 pra ser mais exacta.
já há muito que não teclava tão tarde. mas o facto de não conseguir dormir aliado ao estar sozinha em casa não me sossegou a cabeça pra conseguir adormecer.
daí que saltei pro pc, e aproveitei o facto de já ser domingo e dei uma arrumação(zinha) à casa: e.. um novo look ao meu estaminé!
por agora fica assim.
fui menina até pra ter sacudido os tapetes de entrada a este mundo maravilhoso.
e foi isto.

agora vou fechar a porta e voltar pra cama. entretanto deixo este youtube bonito:



Lavatory - Lovestory (2007)

sim, são quase 10 minutos, muitos nem vão clicar no play.. mas pra esses o meu muito sincero temos pena! afinal o que são 10 minutos??
bom, e agora vou indo. façam lá pouco barulho pra ver se finalmente adormeço..

coisas que se pensam

não gosto quando me roubam a solidão sem em troca me oferecerem verdadeira companhia.


Woody Allen - Everybody says I love you (1996)

09 abril 2011

o monstro verde

O mostro verde é um sentimento inato à natureza humana. faz parte da natureza humana e parece, quase sempre, mais forte do que nós, porém, não é.
os entendidos dizem que controlar o monstro verde é mais fácil do que talvez imaginamos.
talvez valha a pena o esforço.

mas chega de devaneios. não tenho estofo pra escrever seja o que seja agora.
falta-me tempo? é que até nem é isso!
mas seria um desenrolar de um novelo extenso, precisaria de recorrer a muitas letras, palavras, virgulas, pontos finais e inúmeras, inúmeras reticências.
e tudo isto praquê? pra ter como resultado final uma extensão de texto que ninguém lê.
é um facto.

coisas que se pensam


Citizen Kane

".. a fella remembers a lot of things you wouldn't think he would remember. there was this girl.."


adoro este filme.
intrigou-me desde uma noite já há muito, muito tempo ter dado com ele a dar plácidamente na RTP2, e estiquei-me no sofá a vê-lo. eu sei que é a preto e branco, mas isso não me desmotivou de ficar ali pregada e pensar mas como é que este filme é tão antigo??
a técnica de filmagem, os planos, os diálogos, tudo..
o modo como està construído, ou melhor, como o filme se vai construindo está muito bem pensado/arquitectado. e bom, apesar dos meus parcos conhecimentos cinéfilos achei tudo aquilo genial.
infelizmente dessa primeira vez adormeci sem saber afinal o que era "rosebud". mas isso já são outras estórias.

e este discurso do senhor Bernstein é.. é qualquer coisa.
no intimo gostava de ser um dia uma recordação tão viva na mente de alguém que se calhar nem partilha nada comigo.

08 abril 2011

pensamentos avulso





ele anda praí "jente jira". and ain't that the truth?

07 abril 2011

até que fmi!



o FMI diz que vem em operação de resgate.
assustador a percepção de que agora em diante somos reféns.

05 abril 2011

nevermind

deus perdoais-lhes que eles não sabem o que sentem.